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Qual médico interpreta o Teste do pezinho ?
O médico que interpreta o teste do pezinho é o pediatra. Dra Thaís Costa é médica pediatra há quase 15 anos. É formada em medicina pela UFBA – Universidade Federal da Bahia , fez residência em pediatria no Hospital Irmã Dulce, em Salvador – Bahia. É membro da Sociedade Brasileira de Pediatria . Tem qualificação em Suporte Avançado de Vida em Pediatria pela American Heart Association.
Ao longo de sua trajetória, trabalhou em diversos hospitais públicos e privados , entre eles HGE, Hospital Santa Izabel, Hospital da Cidade, Hospital Tereza de Lisieux, como emergencista e diarista de enfermaria e berçário. Já fez consultório em grandes clínicas conveniadas e ambulatórios do SUS e faz trabalhos voluntário. Hoje atua em hospital e em consultório particular e mantém alguns trabalhos voluntários.

O Teste do Pezinho, oficialmente conhecido como “Teste de Triagem Neonatal”, é um exame essencial realizado em recém-nascidos a partir do sangue (geralmente coletado por uma furadinha no pé) para detectar precocemente doenças metabólicas e genéticas. Este teste é fundamental para garantir que o bebê receba o tratamento necessário o quanto antes, prevenindo possíveis complicações e promovendo um desenvolvimento saudável.
TIPOS DE TESTE DO PEZINHO :
- Teste do pezinho básico: O teste oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e gratuito para todas as crianças nascidas no Brasil. Ele detecta 13 doenças, como hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme, fibrose cística, entre outras.
- Teste do pezinho ampliado: Coberto por alguns planos de saúde, este teste abrange mais doenças do que o básico.
- Teste do pezinho expandido: Inclui o teste básico e os Erros Inatos do Metabolismo (EIM).
- Teste SCID e AGAMA: Inclui o teste básico e a Imunodeficiência Congênita Grave.
- Teste AME5q: Inclui o teste básico e a Atrofia Muscular Espinhal.
- Teste doenças Lisossômicas: Inclui o teste básico e doenças como Gaucher, Pompe, Fabry, MPSI.
- Teste Completo: Inclui todos os tipos de teste.
Quais exames estão inclusos no Teste do Pezinho pelo SUS

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o Teste do Pezinho que inclui a triagem para diversas doenças. Os principais exames realizados são:
- Fenilcetonúria (PKU): Uma condição que impede a metabolização da fenilalanina, levando a danos neurológicos se não tratada.
- Hipotireoidismo Congênito: Causado pela falta de hormônios tireoidianos, pode resultar em deficiência intelectual e problemas de crescimento.
- Fibrose Cística: Uma doença genética que afeta os pulmões e o sistema digestivo, necessitando de cuidados contínuos.
- Anemia Falciforme: Uma doença hematológica que pode levar a crises de dor e complicações sérias.
- Deficiência de Biotinidase: Uma condição que pode causar problemas neurológicos e cutâneos, tratável com suplementação.
- Toxoplasmose congênita : Uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode resultar em sérias complicações neurológicas e oftalmológicas se não tratada adequadamente.
Qual a importância do Teste do Pezinho?
A realização do Teste do Pezinho é crucial por diversas razões:
- Detecção Precoce: Muitas doenças detectadas pelo teste podem ser tratadas com sucesso se diagnosticadas nos primeiros dias de vida. O tratamento precoce pode evitar o desenvolvimento de complicações graves.
- Redução de Custos a Longo Prazo: Ao prevenir doenças, o teste reduz custos futuros com tratamentos e internações hospitalares, além de melhorar a qualidade de vida da criança.
- Tranquilidade para os Pais: Saber que o filho passou por um teste que pode detectar doenças sérias traz segurança e paz de espírito para os pais.
Qual o tempo Ideal para Realização do Teste do pezinho?
O Teste do Pezinho deve ser realizado entre o 3º e o 7º dia de vida do bebê. Esse período é ideal porque:
- Coleta de Sangue: O sangue do recém-nascido já possui uma quantidade suficiente de metabólitos que podem ser analisados (geralmente o bebê á se alimentou e já iniciou o processo de digestão que gera os metabólitos), garantindo resultados precisos.
- Desenvolvimento das Doenças: Muitas das condições testadas começam a se manifestar logo após o nascimento, e a detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz e prevenção de piora.
Realizar o teste muito cedo pode resultar em falsos negativos, enquanto esperar muito tempo pode atrasar o início do tratamento.
Qual a importância da Consulta e Acompanhamento Pediátrico?
A consulta pediátrica é essencial para a apresentação do Teste do Pezinho. O pediatra desempenha um papel vital, pois:
- Orientação aos Pais: O pediatra pode explicar a importância do teste, esclarecer dúvidas e incentivar os pais a realizá-lo dentro do período recomendado.
- Interpretação de Resultados: Após a realização do teste, o pediatra é responsável por interpretar os resultados e, caso necessário, refazer os testes para confirmar os diagnósticos , ou iniciar o tratamento caso indicação e encaminhar a criança para especialistas ou programas de saúde especificos .
- Monitoramento do Desenvolvimento: Além do teste, o pediatra monitora o crescimento e o desenvolvimento da criança, o que é fundamental para detectar outros problemas de saúde.
- Tratamento adequado: A interpretação do testes se faz necessária pois pode haver necessidade de mudança alimentar, suspender determinados alimentos da dieta da criança ou iniciar uso de medicamentos bem como encaminhar o menor para especistas ou terapias indicadas.
Como é o Teste do Pezinho Ampliado?

O Teste do Pezinho Ampliado inclui a detecção de mais doenças do que o teste básico. As principais condições que ele abrange são:
- Deficiência de Leucinose (ou doença do maple syrup urine disease – MSUD): Uma condição genética que impede a metabolização de certos aminoácidos.
- Conduta: Dieta rigorosa com restrição de leucina e acompanhamento nutricional.
- Galactosemia: Uma doença metabólica que afeta a metabolização da galactose, um açúcar encontrado no leite.
- Conduta: Dieta sem lactose e galactose, com acompanhamento médico regular.
- Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD): Uma deficiência que pode causar anemia hemolítica em resposta a certos medicamentos ou alimentos.
- Conduta: Evitar medicamentos e alimentos que possam desencadear crises e monitorar os níveis de hemoglobina.
- Doença da Urina do Xarope de Bordo: Uma doença que afeta a metabolização de aminoácidos, levando a um acúmulo tóxico.
- Conduta: Dieta rigorosa com restrição de aminoácidos específicos e acompanhamento médico.
- Hiperglicinemia Não-Cetótica: Um distúrbio que leva ao acúmulo de glicina no corpo.
- Conduta: Dieta controlada e acompanhamento nutricional.
- Tirosinemia Tipo 1, 2 e 3: Doenças que afetam a metabolização da tirosina.
- Conduta: Dieta com restrição de tirosina e fenilalanina, além de tratamento específico dependendo do tipO.
Detectar essas condições precocemente é fundamental, pois o tratamento adequado pode evitar complicações graves e garantir um desenvolvimento saudável.
Como é o Teste do Pezinho Expandido?
O teste do pezinho expandido com Tandem é uma versão do teste do pezinho que investiga mais de 60 doenças, incluindo as Doenças Metabólicas Hereditárias (DMH), também conhecidas como EIM (erro inato de metabolismo).
O Teste de Tandem Mass Spectrometry é uma técnica avançada que permite a análise de múltiplos metabólitos simultaneamente a partir de uma única amostra de sangue do recém-nascido. Esse método é especialmente valioso na triagem de Erros Inatos do Metabolismo (EIM) e outras condições que podem ser detectadas no Teste do Pezinho.Muitas dessas doenças metabólicas hereditárias são raras individualmente, mas quando consideradas em conjunto, a incidência pode chegar a 1 para cada 2.500 nascidos vivos
Os Erros Inatos do Metabolismo (EIM) são condições genéticas que afetam o modo como o corpo metaboliza os nutrientes. Os EIM podem levar a sérios problemas de saúde se não forem tratados.

Quais são as Doenças do EIM (erro inato de metabolismo?)
Algumas das principais doenças detectadas no Teste do Pezinho Expandido com TADEM incluem:
- Fenilcetonúria (PKU): Uma condição que impede a metabolização do aminoácido fenilalanina, que pode causar danos cerebrais.
- Tratamento: Dieta rigorosa com restrição de fenilalanina.
- Acidemia Propiónica: Um distúrbio que afeta a metabolização de aminoácidos e gorduras.
- Tratamento: Dieta especial e, em casos graves, suplementação de carnitina.
- Homocistinúria: Uma condição que leva ao acúmulo de homocisteína no corpo, afetando os vasos sanguíneos e o sistema nervoso.
- Tratamento: Suplementação de vitamina B6, B12 e ácido fólico, além de dieta controlada.
- Deficiência de Acil-CoA Desidrogenase de Cadeia Média (MCAD): Afeta a capacidade do corpo de metabolizar ácidos graxos.
- Tratamento: Dieta equilibrada e, em alguns casos, administração de carboidratos para evitar crises
Existem outras condições também detectadas , porém mais raras:
Os Erros Inatos do Metabolismo (EIM) são condições genéticas que afetam o metabolismo de nutrientes no corpo, levando a complicações que podem ser graves se não tratadas. Aqui estão algumas das principais doenças que se enquadram nessa categoria:
1. Doença da Urina do Xarope de Bordo (MSUD)
- Descrição: Dificuldade em metabolizar certos aminoácidos, levando ao acúmulo tóxico.
- Consequências: Pode resultar em dano cerebral e complicações metabólicas.
- Tratamento: Dieta rigorosa com restrição de leucina e acompanhamento nutricional.
2. Tirosinemia
- Descrição: Grupo de doenças que afetam a metabolização da tirosina.
- Consequências: Se não tratadas, podem levar a problemas hepáticos graves, danos renais e complicações neurológicas.
- Tratamento: Dieta com restrição de tirosina e fenilalanina, além de medicamentos específicos.
3. Acidemias Orgânicas
- Descrição: Um grupo de distúrbios que resulta na acumulação de ácidos orgânicos no corpo.
- Consequências: Pode causar crises metabólicas, problemas neurológicos e até morte.
- Tratamento: Dieta controlada e, em alguns casos, transplante de fígado.
4. Deficiência de Biotinidase
- Descrição: Falta da enzima que recicla a biotina, uma vitamina B essencial.
- Consequências: Pode causar problemas neurológicos e cutâneos se não tratada.
- Tratamento: Suplementação de biotina.
5. Cistinose
- Descrição: Acúmulo de cistina nas células, levando a danos renais.
- Tratamento: Medicamentos que ajudam a reduzir a acumulação de cistina.
6. Deficiência de Carnitina
- Descrição: Dificuldade em metabolizar ácidos graxos devido à falta de carnitina.
- Tratamento: Suplementação de carnitina e monitoramento dietético.
7. Glicogenoses
- Descrição: Grupo de doenças que afetam a metabolização do glicogênio, como a Doença de Pompe e a Doença de McArdle.
- Tratamento: Dieta e, em alguns casos, terapia de substituição enzimática.
8. Deficiência de Frutose-1,6-bisfosfatase
- Descrição: Dificuldade em metabolizar frutose, resultando em hipoglicemia.
- Tratamento: Dieta controlada com restrição de frutose.
9. Acidemia Methylmalônica
- Descrição: Acúmulo de metilmalonato devido à deficiência na metabolização de certos aminoácidos.
- Tratamento: Dieta controlada e, em alguns casos, transplante de fígado.
10. Deficiência de HMG-CoA Lisase
- Descrição: Dificuldade em metabolizar gorduras, levando a crises metabólicas.
- Tratamento: Dieta e monitoramento durante períodos de estresse.
11. Deficiência de Tiroxina
- Descrição: Problemas na síntese de hormônios tireoidianos, levando a hipotireoidismo.
- Tratamento: Reposição hormonal.

12. Acidemia Isovalérica
- Descrição: Acúmulo de isovalérico, resultante de uma deficiência na metabolização de leucina.
- Tratamento: Dieta com restrição de leucina e monitoramento.
13. Hiperoxalúria Primária
- Descrição: Acúmulo de oxalato, que pode causar danos renais.
- Tratamento: Dieta controlada e, em casos graves, transplante de fígado.
14. Deficiência de Sulfito Oxidase
- Descrição: Dificuldade em metabolizar sulfito, que pode causar problemas neurológicos.
- Tratamento: Dieta controlada com restrição de sulfito.
15. Deficiência de Acil-CoA Desidrogenase de Cadeia Longa (LCAD)
- Descrição: Dificuldade em metabolizar ácidos graxos de cadeia longa.
- Tratamento: Dieta equilibrada e monitoramento.
16. Sindrome de Lesch-Nyhan
- Descrição: Distúrbio genético que afeta o metabolismo do ácido úrico.
- Tratamento: Manejo dos sintomas e cuidados paliativos.
17. Deficiência de Adenosin Desaminase (ADA)
- Descrição: Uma forma grave de imunodeficiência, levando a infecções recorrentes.
- Tratamento: Transplante de medula óssea ou terapia gênica.
18. Deficiência de 3-Hidroxi-3-Metilglutaril-CoA (HMG-CoA)
- Descrição: Dificuldade na metabolização de certos lipídios.
- Tratamento: Dieta controlada e suporte nutricional.
Essas doenças demonstram a diversidade dos Erros Inatos do Metabolismo e a importância da triagem neonatal para diagnóstico e tratamento precoces, visando prevenir complicações sérias e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas.
Ainda temos Teste SCID (Imunodeficiência Combinada Severa) e o Teste para Agamaglobulinemia (AGAMA).
Teste SCID (Imunodeficiência Combinada Severa)
– O que é SCID?
SCID é uma condição genética que resulta em uma deficiência grave do sistema imunológico. As crianças com SCID têm dificuldades em combater infecções, tornando-as vulneráveis a doenças que normalmente seriam benignas em indivíduos saudáveis. Existem várias formas de SCID, mas todas resultam em uma função imunológica comprometida.
– Como Funciona o Teste?
O Teste SCID geralmente é realizado em recém-nascidos através de uma amostra de sangue, semelhante ao Teste do Pezinho. O exame busca identificar a presença de células T e B no sangue. Um resultado negativo (baixas contagens de células T e B) pode indicar a presença da doença.
– Importância da Detecção Precoce
- Intervenção Rápida: A detecção precoce permite intervenções imediatas, como transplante de medula óssea ou terapia gênica, que podem ser vitais para a sobrevivência.
- Prevenção de Infecções: O tratamento adequado pode ajudar a proteger a criança de infecções graves.
Agamaglobulinemia (AGAMA)
O que é AGAMA?
Agamaglobulinemia é uma condição genética caracterizada pela ausência ou deficiência de imunoglobulinas (anticorpos) no sangue, resultando em um sistema imunológico comprometido. Essa condição aumenta o risco de infecções recorrentes, especialmente por bactérias encapsuladas.
Como Funciona o Teste?
O teste para agamaglobulinemia também envolve a coleta de uma amostra de sangue para medir os níveis de imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM). Um resultado baixo ou ausente de imunoglobulinas pode indicar a presença da condição.
Importância da Detecção Precoce
- Tratamento Imediato: O tratamento pode incluir terapia de substituição com imunoglobulinas, que ajuda a fornecer anticorpos necessários para combater infecções.
- Monitoramento Contínuo: O acompanhamento regular permite ajustes no tratamento e melhor gestão da saúde da criança.
Comparação entre SCID e AGAMA
Embora ambas as condições envolvam um sistema imunológico comprometido, elas têm características distintas:
- SCID: Geralmente se refere à ausência de células T e B, levando a uma imunodeficiência mais severa e variada.
- AGAMA: Focada na ausência ou deficiência de imunoglobulinas, mas com células T presentes, permitindo alguma função imune.
Tanto o Teste SCID quanto o teste para Agamaglobulinemia são cruciais para a identificação precoce de imunodeficiências em recém-nascidos. A detecção precoce permite intervenções que podem salvar vidas e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. O manejo adequado dessas condições é essencial para prevenir infecções e promover um desenvolvimento saudável.
O que é Teste AME5q: Atrofia Muscular Espinhal?
O Teste AME5q é um exame que detecta a Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma condição genética que afeta os neurônios motores na medula espinhal. A AME causa fraqueza muscular progressiva e pode levar a dificuldades respiratórias e de deglutição.
Como se Manifesta
Se não detectada precocemente, a AME pode resultar em:
- Perda de Mobilidade: As crianças podem ter dificuldade em se mover, engatinhar ou caminhar.
- Complicações Respiratórias: A fraqueza dos músculos respiratórios pode levar a problemas respiratórios graves.
- Impacto na Qualidade de Vida: Dificuldades em realizar atividades diárias e a necessidade de assistência contínua.
Tratamento
Quando detectada precocemente, o tratamento pode incluir:
- Terapia Genética: A nova terapia Zolgensma é uma opção que pode fornecer uma cópia funcional do gene SMN1.
- Fisioterapia: Ajuda a manter a força muscular e a mobilidade.
- Suporte Respiratório: Para melhorar a função respiratória em casos mais graves.
O que são Doenças Lisossômicas ?
As doenças lisossômicas são um grupo de condições genéticas que resultam em acúmulos de substâncias tóxicas nas células, devido à falta de enzimas lisossômicas. Algumas das principais doenças lisossômicas incluem:
- Doença de Gaucher
- Descrição: Acúmulo de lipídios nas células do fígado, baço e medula óssea.
- Sintomas: Aumento do fígado e do baço, dor óssea e fadiga.
- Tratamento: Enzima de substituição ou terapia de redução de substrato.
- Doença de Pompe
- Descrição: Acúmulo de glicogênio nas células musculares.
- Sintomas: Fraqueza muscular progressiva e problemas respiratórios.
- Tratamento: Terapia de substituição enzimática.
- Doença de Fabry
- Descrição: Acúmulo de globotriaosilceramida nas células.
- Sintomas: Dor intensa nos membros, problemas renais e cardíacos.
- Tratamento: Enzima de substituição.
- Mucopolissacaridose Tipo I (MPS I)
- Descrição: Acúmulo de mucopolissacarídeos que afetam vários órgãos.
- Sintomas: Problemas de crescimento, anomalias esqueléticas e comprometimento cognitivo.
- Tratamento: Terapia de substituição enzimática.
Como se Manifestam Quando Não Detectadas?
Se essas doenças não forem diagnosticadas precocemente, podem levar a:
- Complicações Severas: Danos irreversíveis a órgãos, como fígado, coração e pulmões.
- Limitação da Mobilidade: Problemas musculares e esqueléticos podem se agravar.
- Diminuição da Qualidade de Vida: A falta de tratamento adequado resulta em uma vida com limitações e sofrimento.
Qual a Importância da Detecção Precoce das doenças lisossômicas?
A realização do Teste do Pezinho, que inclui testes para AME e doenças lisossômicas, é crucial por várias razões:
- Intervenção Rápida: A detecção precoce permite que os profissionais de saúde iniciem o tratamento imediatamente, o que pode prevenir ou minimizar complicações.
- Melhora na Qualidade de Vida: Tratamentos disponíveis, como terapia enzimática ou terapias genéticas, podem melhorar significativamente a qualidade de vida das crianças afetadas. Isso significa menos hospitalizações, maior mobilidade e, em alguns casos, até a reversão de alguns sintomas.
- Apoio Familiar: O diagnóstico precoce proporciona às famílias informações e suporte, ajudando-as a planejar e gerenciar as necessidades especiais de seus filhos.
- Monitoramento Contínuo: A detecção inicial permite um acompanhamento regular, que é vital para ajustar tratamentos e intervenções conforme necessário.
Os testes para Atrofia Muscular Espinhal e doenças lisossômicas, quando realizados no contexto do Teste do Pezinho, têm um impacto profundo na vida das crianças afetadas. A detecção precoce não só abre a porta para tratamentos eficazes, mas também transforma a qualidade de vida, permitindo que essas crianças levem vidas mais saudáveis e ativas. A triagem neonatal, portanto, é um passo fundamental na proteção e promoção da saúde infantil.
Consequências da falta de tratamento
A falta de tratamento para essas condições pode levar a consequências severas, como:
- Danos Neurológicos: Muitas doenças metabólicas, como a fenilcetonúria, podem causar danos irreversíveis ao cérebro.
- Crescimento e Desenvolvimento Prejudicados: Condições como o hipotireoidismo não tratado podem resultar em deficiência intelectual e problemas de crescimento.
- Complicações de Saúde: Doenças como a acidemia propiónica podem causar crises metabólicas agudas, levando a hospitalizações e riscos à vida.
Conclusão
O Teste do Pezinho é um procedimento simples, mas de enorme importância, pois possibilita a detecção precoce de doenças que podem comprometer a saúde e o desenvolvimento da criança. Com a cobertura do SUS e a maioria dos planos de saúde, o acesso a esse teste é amplo, embora seja importante que os pais estejam cientes das opções particulares disponíveis.
Realizá-lo no tempo correto, entre o 3º e o 7º dia de vida, e manter uma boa relação com o pediatra são passos essenciais para garantir o bem-estar da criança. Ao priorizar a saúde desde o início, estamos investindo em um futuro mais saudável e feliz para as novas gerações.
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